Com base numa contextualização do Tractatus, opresente texto oferece uma conjetura a respeito dafilosofia subjacente a esta obra. Isto permite articular a crítica da linguagem com o misticismo, numa interpretação de conjunto do pensamento do jovem Wittgenstein. Procura-se mostrar que o Tractatus pode ser entendido coma uma obra de iniciação a um misticismo silencioso, envolvendo não só uma escada lógica, mas também uma escada ética. No final, os resultados desta interpretação são utilizados numa análise que revela a peculiaridade e a (...) originalidade do misticismo tractatiano. /// On the basis of a contextualization of the Tractatus, the current text offers a conjecture about the philosophy which underlies this work This allows an articulation of the critique of language with mysticism, in an overall interpretation of the early Wittgenstein's thought. An attempt is made to show that the Tractatus may be understood as a work on iniciation into a silent mysticism, involving not only a logical ladder, but also an ethical ladder. In the end, the results of this interpretation are used in an analysis which reveals the peculiarity and originality of the Tractarian mysticism. (shrink)

1a̲ parte. O período colonial (1500-1822).

In his interesting, original and well organized paper "O Ceticismo Pirrônico e os Problemas Filosóficos" Oswaldo Porchat Pereira reinterprets ancient Pyrrhonism and claims a new domain for the philosophical activity, namely the "phenomenic" one. The present text examines this doctrine in order to unravel not only the similarities between the Porchatian approach and contemporary pragmatism, but also some of the main difficulties connected with that reinterpretarion of Pyrrhonism.

RESUMO -/- Faz-se uma comparação entre as abordagens de Hume e de Matias Aires no que concerne à vaidade e seus efeitos sobre a vida humana. O propósito é divulgar as idéias do filósofo brasileiro Matias Aires e revelar o que poderia ser uma falha importante na explicação filosófica humiana da experiência religiosa. -/- ABSTRACT -/- A comparison is made between Hume's and Matias Aires' approaches concerning vanity and its effects on human life. The purpose is to divulge the ideas (...) of the Brazilian philosopher Matias Aires and to reveal what might be an important flaw in the Humean philosophical account of religious experience. (shrink)

No presente texto, faço uma discussão das idéias de Júlio Cabrera, apresentadas no artigo “Sentido e valor da vida: uma diferença crucial”. Procuro mostrar, contra Cabrera, que a questão sobre o sentido da vida está imbricada com a questão do valor da vida. Argumento que, a favor de Cabrera, podemos identificar um valor negativo na vida, mas, contra ele, podemos identificar também um valor positivo. Seu pessimismo advém de uma visão parcial da realidade, uma vez que ele rejeita, sem uma (...) justificativa adequada, a possibilidade de uma experiência mística redentora. Na discussão do vitalismo de tipo nietzschiano com que Cabrera termina seu texto, argumento que a tese segundo a qual a vida se auto-sustenta em seu desvalor envolve um contrabando filosófico nessa constatação vital básica. Tento mostrar também que filosofia e vida não se opõem radicalmente, como pensa Cabrera, e que nisso segue o espírito da oposição estabelecida por Nietzsche entre verdade e vida. A complexidade do real só pode ser sugerida pelo discurso racional, através do apelo à complementaridade descritiva, que envolve a combinação de uma pluralidade de descrições do mesmo domínio do real. Isso revela as limitações do discurso racional, que só pode ser superado pela intuição silenciosa. Esta última não parece ter sido devidamente considerada por Cabrera. (shrink)

Je me propose d'examiner les paragraphes 18 et 19 de la deuxième partie des Prolégomènes. Bien que ces deux paragraphes ne constituent pas l'intégralité de la déduction transcendantale des Prolégomènes, ils ont une fonction essentielle dans la mesure où ils exposent l’argument entier in nuce. Ces deux sections établissent de façon claire que la doctrine de l'idéalisme critique, présentée dans la première partie des Prolégomènes comme un idéalisme qui ne supprime pas « l'existence de la chose qui apparaît », joue (...) un rôle indispensable dans la déduction transcendantale, qui est présentée dans la deuxième partie à partir de la distinction entre jugement de perception et jugement d'expérience. (shrink)

Como entender o “idealismo alemão”? Propõe-se aqui, a partir do choque entrealgumas posições sobre a filosofia kantiana (sobretudo em Schopenhauer e em Schelling),antes do que uma resposta, articular alguns problemas em torno do “idealismo alemão”,procurando pensar, assim, tanto a ambigüidade deste recorte como operador heurísticoquanto a abertura possível para um campo de questões sobre a atividade filosófica e o seu(não) fundamento.

SÍNTESE - Descartes ao compor o seu Discurso do Método nos apresenta os quatro preceitos do método que é o modo de bem conduzir a razão. Estes quatro preceitos, a evidência, a divisão, a condução em ordem dos pensamentos do simples ao complexo e por fim fazer as enumerações completas e revisões, são capazes, como instrumento, de levar seu espirita à conquista da verdade. Pois são regras fáceis que tomam impossível tomar o falso por verdadeiro. E são exatamente quatro porque (...) devem ser poucas as regras para de fato serem cumprídas. É neste sentido que este pequeno artigo desenvolve os quatro preceitos do Discurso do Método de Descartes. (shrink)

Como entender o “idealismo alemão”? Propõe-se aqui, a partir do choque entrealgumas posições sobre a filosofia kantiana (sobretudo em Schopenhauer e em Schelling),antes do que uma resposta, articular alguns problemas em torno do “idealismo alemão”,procurando pensar, assim, tanto a ambigüidade deste recorte como operador heurísticoquanto a abertura possível para um campo de questões sobre a atividade filosófica e o seu(não) fundamento.

Paulo Margutti e José Crisóstomo discutem sobre a possiblidade ou a impossibilidade de ultrapassar o representacionismo correspondentista e principalmente o eventual linguocentrismo da filosofia contemporânea, pós-virada linguística, em que parece que da linguagem pode-se passar apenas à linguagem, a cujo círculo mágico estaríamos, desse modo, inevitavelmente presos. Sendo assim, o mundo “aí fora” novamente nos escapa e o relativismo, o agnosticismo e o ceticismo de novo nos espreitam. Em Nietzsche, é a linguagem, sempre metafórica, que se adéqua aos (...) nossos modos prático-perspectivistas, corpóreos e afetivos, de “recortar” o mundo, ou é o contrário? E em Maturana, o que vem primeiro? Para Crisóstomo, para quem no começo está o ato, ultrapassamos tudo isso através de nosso emaranhamento prático com o mundo, por meio da natureza sensível criativa de nossas práticas e pela tradução de crenças em condutas. Enquanto que, para Margutti, nada disso parece deslocar a primazia incontornável da linguagem, como prática ela própria. Sobre isso, Margutti pergunta pelo suposto aproveitamento, por Crisóstomo, no seu ponto de vista prático-poiético criativo, em versão alegadamente não idealista nem dualista, da noção de autoconsciência, central no idealismo alemão. (shrink)

Neste texto, procuro encontrar as origens de um dos mais importantes conceitos de Gilles Deleuze, o conceito de Imagem-tempo. Este conceito remete-nos para os primeiros textos de Deleuze dedicados à filosofia de Espinosa e ao problema do autómato espiritual e relaciona-se directamente com o problema da passividade/actividade do espectador. Ou seja, o conceito crucial na sua filosofia do cinema, a Imagem-tempo, esconde uma importante reflexão sobre a Imagem cinematográfica como arte de massas, os (im)poderes do pensamento e o modo fascista (...) de se pensar. This text seeks to find the origins of one of the most important of Gilles Deleuze's concepts, the concept of Time-image. This concept leads us to his first texts regarding Spinoza's philosophy and the problem of the spiritual automaton, and concerns directly with the problem of passivity/activity of the film goer. That is to say that the crucial concept of his film philosophy, Time-image, hides a fundamental consideration on the cinematic image as a mass art, the (un)powers of thinking and the fascist way of thought. (shrink)

Review of Canhada, J. M. (2023). Le discours et l’histoire: la philosophie au Brésil au dix-neuvième siècle. (F. Brandi, Trans.). Paris: Harmattan.

Philosophers have long debated whether, if determinism is true, we should hold people morally responsible for their actions since in a deterministic universe, people are arguably not the ultimate source of their actions nor could they have done otherwise if initial conditions and the laws of nature are held fixed. To reveal how non-philosophers ordinarily reason about the conditions for free will, we conducted a cross-cultural and cross-linguistic survey (N = 5,268) spanning twenty countries and sixteen languages. Overall, participants tended (...) to ascribe moral responsibility whether the perpetrator lacked sourcehood or alternate possibilities. However, for American, European, and Middle Eastern participants, being the ultimate source of one’s actions promoted perceptions of free will and control as well as ascriptions of blame and punishment. By contrast, being the source of one’s actions was not particularly salient to Asian participants. Finally, across cultures, participants exhibiting greater cognitive reflection were more likely to view free will as incompatible with causal determinism. We discuss these findings in light of documented cultural differences in the tendency toward dispositional versus situational attributions. (shrink)

Logics for generally were introduced for handling assertions with vague notions,such as generally, most, several, etc., by generalized quantifiers, ultrafilter logic being an interesting case. Here, we show that ultrafilter logic can be faithfully embedded into a first-order theory of certain functions, called coherent. We also use generic functions (akin to Skolem functions) to enable elimination of the generalized quantifier. These devices permit using methods for classical first-order logic to reason about consequence in ultrafilter logic.

Dados da tradução brasileira de HEGEL, Georg Wilhelm Friedrich. Linhas Fundamentais da Filosofia do Direito ou Direito Natural e Ciência do Estado em Compêndio. Tradução, notas, glossário e bibliografia de Paulo Meneses et alli. Apresentações de Denis Lerrer Rosenfield e de Paulo Roberto Konzen. São Paulo: Loyola; São Leopoldo: UNISINOS, 2010.

We compare fork arrow logic, an extension of arrow logic, and its natural first-order counterpart (the correspondence language) and show that both have the same expressive power. Arrow logic is a modal logic for reasoning about arrow structures, its expressive power is limited to a bounded fragment of first-order logic. Fork arrow logic is obtained by adding to arrow logic the fork modality (related to parallelism and synchronization). As a result, fork arrow logic attains the expressive power of its first-order (...) correspondence language, so both can express the same input–output behavior of processes. (shrink)

We compare fork arrow logic, an extension of arrow logic, and its natural first-order counterpart (the correspondence language) and show that both have the same expressive power. Arrow logic is a modal logic for reasoning about arrow structures, its expressive power is limited to a bounded fragment of first-order logic. Fork arrow logic is obtained by adding to arrow logic the fork modality (related to parallelism and synchronization). As a result, fork arrow logic attains the expressive power of its first-order (...) correspondence language, so both can express the same input-output behavior of processes. (shrink)

A filosofia crítica apoia-se na noção de representação, de ponta a ponta, como fundamento de sua investigação. Essa noção, contudo, acaba por tornar-se um problema na Dedução Transcendental da Crítica da razão pura, ponto de partida de pelo menos duas tradições distintas de apropriação da filosofia kantiana: a epistemologia e o idealism absoluto. Para compreender os momentos estruturais do problema representação, tal como se apresenta na Dedução Transcendental, recuamos para duas etapas da trajetória kantiana, de algum modo pressupostas pela primeira (...) Crítica: a Reflexão 1676 e a carta de Kant a Herz, de 21 fevereiro de 1772. A determinação da estrutura geral do problema permitirá, por fim, aferir os compromissos teóricos que assumem cada uma das duas tradições de leituras da Dedução Transcendental. (shrink)

Emphasizing the predictive success and practical utility of psychological science is an admirable goal but it will require a substantive shift in how we design research. Applied research often assumes that findings are transferable to all practices, insensitive to variation between implementations. We describe efforts to quantify and close this practice-to-practice gap in education research.

There is increasing evidence that dynamic changes to chromatin, chromosomes and nuclear architecture are regulated by RNA signalling. Although the precise molecular mechanisms are not well understood, they appear to involve the differential recruitment of a hierarchy of generic chromatin modifying complexes and DNA methyltransferases to specific loci by RNAs during differentiation and development. A significant fraction of the genome-wide transcription of non-protein coding RNAs may be involved in this process, comprising a previously hidden layer of intermediary genetic information that (...) underpins developmental ontogeny and the differences between species, ecotypes and individuals. It is also evident that RNA editing is a primary means by which hardwired genetic information in animals can be altered by environmental signals, especially in the brain, indicating a dynamic RNA-mediated interplay between the transcriptome, the environment and the epigenome. Moreover, RNA-directed regulatory processes may also transfer epigenetic information not only within cells but also between cells and organ systems, as well as across generations. (shrink)

ENTREVISTA COM PROFISSIONAIS DA FILOSOFIA QUE ATUAM EM PROJETOS – BLOCO ICom: Lucas Dilacerda, Paulo Jorge Leandro, Paulo W. Lima, Raquel R. RochaPor: Antônio Alex Pereira de Sousa, Paulo Willame Araújo de Lima.

The aim of this study was to analyze the association between physical activity and eating habits during the COVID-19 pandemic among Brazilian adults. A sample of 1,929 participants answered an online survey, however 1,874 were included in the analysis. The impact of the COVID-19 pandemic on eating habits was assessed inquiring about participants' intake of fruits, vegetables, fried foods, and sweets during the pandemic. Physical activity was assessed by asking participants about their weekly frequency, intensity and number of minutes/hours engaging (...) in structured physical activities per week. Participants were then stratified into categories based on moderate-to-vigorous intensity and into active or inactive. Increased sweets consumption was the most commonly reported change to eating habits, followed by an increase in the consumption of vegetables, fruits, and fried foods. Physical activity practice was related to lower consumption of fried foods and sweets. A cluster analysis revealed subjects with higher the level of physical activity was more likely to follow a healthy diet. Thus, physical activity was positively associated with healthier eating habits. Health authorities must recommend regular physical as a strategy to improve overall health during the COVID-19 pandemic. Future studies should address the physical activity interventions to improve health status during a pandemic. (shrink)

In this paper we show that the class of fork squares has a complete orthodox axiomatization in fork arrow logic (FAL). This result may be seen as an orthodox counterpart of Venema's non-orthodox axiomatization for the class of squares in arrow logic. FAL is the modal logic of fork algebras (FAs) just as arrow logic is the modal logic of relation algebras (RAs). FAs extend RAs by a binary fork operator and are axiomatized by adding three equations to RAs equational (...) axiomatization. A proper FA is an algebra of relations where the fork is induced by an injective operation coding pair formation. In contrast to RAs, FAs are representable by proper ones and their equational theory has the expressive power of full first-order logic. A square semantics (the set of arrows is ᵎ x ᵎ for some set ᵎ) for arrow logic was defined by Y. Venema. Due to the negative results about the finite axiomatizability of representable RAs, Venema provided a non-orthodox finite axiomatization for arrow logic by adding a new rule governing the applications of a difference operator. We address here the question of extending the type of relational structures to define orthodox axiomatizations for the class of squares. Given the connections between this problem and the finitization problem addressed by I. Németi, we suspect that this cannot be done by using only logical operations. The modal version of the FA equations provides an orthodox axiomatization for FAL which is complete in view of the representability of FAs. Here we review this result and carry it further to prove that this orthodox axiomatization for FAL also axiomatizes the class of fork squares. (shrink)